domingo, 29 de junho de 2008

Disturbar

Nas caminhadas mais solitárias são onde encontramos os maiores vislumbres. Não há quem nos possa distrair da nova paisagem que alcaçamos. Subindo pequena trilha de terra e mato, escorregando em pequenos trechos em lama, então que chego no lugar que nem sabia. O pequeno pedaço de tronco que estava eu usando como cajado não me é de toda necessidade, estou em terreno plano, com algumas pedras polidas pela água em todos os lugares. Um lago, é isto que está defronte da minha pessoa agora. Como que cercada por muitas árvores densas, o vento quase não existe por ali. Que bela água, nem tremores nela são vistos. Uma estática perfeita, poderia apostar o mundo que forma a superfície mais lisa neste mundo, parece um sólido de perfeitas propriedades. Como seria fazer tudo isto tremer? Cato no chão qualquer pedra alongada o suficiente, com o peso que julgo necessário, arremesso com toda a minha força, a pedra agora rodopiante. Fato é que de tanta força quase desloco meu braço, sinto ele estalar no ombro, não que importe pois contei; foram 7 ricocheteadas na superfície agora perturbada. Estabelecido o caos, assim é que o homem vive bem. Destruir uma harmonia para um deleite e teste de si próprio. Esqueci, mas bati meu recorde, antes spo havia conseguido 5 vezes uma pedra não afunda em bater várias vezes na água. Sem dúvida esta água era bem mais sólida que o normal de muitas, eu não estava errado em atribuir estado sólido para esta água, olha só como ricocheteu, e já parou de novo quase toda a água a tremer. Aposto que se correr bem rápido hei de ficar na superfície por mais um passo. Conto... preparo-me... e corro, como corro, corro como nunca antes corri. Como corria, jamais assim correria nem que fosse para fugir da morte. Agora! Viro em uma curva automática em direção da água, continuo a ganhar velocidade quando do primeiro passo o nada óbvio acontece; molha-se a sola do sapato no instante que toca a água, no segundo, com o primeiro ainda afundando, mergulho o corpo inteiro na água. Se é para molhar então, que eu busque a pedra arremesada. Ela quem quebrou a santidade deste local, que eu estaria fazendo na água se ela não tivesse tocado tantas vezes na água? Nem cogitaria idéia idiota destas, como a superação no muda a cabeça... continuo caçando à nado aquela pedra, mergulho e vejo muitas outras parecida, como era mesmo aquela pedra? Só agora percebo quão gélida está a água, depois de muito nadar e mergulhar. Vejo todas as pedras mas não acho a que eu quero, são tantas que aposto que nem pulariam tanto na água como aquela que joguei. Não é só a água a gelar agora, sinto um pouco de mim se testemunhar fraquejando na braçada do nadar, no meio da lago. O segundo braço falha também. As pernas agüentam umas três ou cinco batidas - foi número ímpar, pois comecei na direita e só falhou na esquerda - ainda até que tudo parace, até de pensar eu deveria ter parado. No fundo já quase não enxergando mais encontro a pedra! A pedra errada, como todas as outras que vi desde que joguei aquela fora!



Só quis escrever uma coisinha idiota, qualquer coisa que fosse. Super isto!

Um comentário:

isabela. disse...

assim...
eu sou caloura do rafael!
e eu e ele somos super amiguinhos e tal.

isagalático é bem estranho mesmo.
faz uns belos anos que tenho esse blog.
(ou não)

pensei até em fazer outro blog, e esse nome não me fazia muito sentido.
até que a alguns dias, ou semanas atrás, um cara fez um comentário que fez com que eu entendesse o significado do nome do meu blog.

(deu pra entender? haha)

boa semana pra você.

*a pedra e a água mais sólida prenderam a minha atenção.