segunda-feira, 7 de julho de 2008

Texto sem título II

Do que valer-me-ia a morte, sendo que apenas em vida tenho ensanchas de - mesmo que em arroio - seguir algum objetivo, por mais extravagante ou comum que seja. Se da falta de motivos para viver enxerga-se a morte, eu vejo mais vida voltada para o indivíduo sem motivos. Seguir sem motivos é o aspecto mais natural que um ser humano pode alcançar. Também se não vê motivos para viver é porque chegou a alguma plenitude, basta agora seguir com ela, ufanando-se até onde pode. Ufanar na verdade apenas quando os motivos para a vida deram em sucesso, mas quando um destes motivos nos abandona, vale mais valorizar aqueles outros sucessos. O nosso interesse é bem mais amplo e verdadeiro do que enxergar algo que não nos merece, algo que vai nos deixando.
Motivos fracassados podem ser fruto do desprezo das pessoas que nos cerceam. Se nos desprezam não é por falta nossa, mas por indolência dos outros em não ter em mente nossos acertos. Outras vezes é por não termos feito o suficiente para perceberem que somos de fato grandiosos. Aceitação é a palavra que muitos correm atrás de qualquer maneira, fazendo inclusive o que não é aceito de todo bem em alguns casos. Aceitar alguém ou alguma idéia, não é o que faz o outro lado te aceitar. Este é um exemplo de lado que não te merece nem a atenção, mesmo que você possa tomar como motivo de vida, este motivo já está em ponto de abandono, não vale correr atrás e se quebrar em um tombo.
Sobre o desprezo, ausência de motivos para uma vida, tomar a morte como objetivo final para mostrar aos outros de nada vale, qual a certeza de que vão ter remorso, que vão considerar então tuas idéias, e qual a graça se nem poderemos ver depois o que acontece com o resto do mundo a nossa volta. Somente na vida podemos fazer perceberem. Algum ponto que eu posso querer chegar - sim, eu deixei o texto me dominar - é de que não nos vale deixar a morte como resposta para abandonos de nós mesmos. Nos vale apenas a vida para fazer por nós, ver por nós e mostrar para os outros o que somos nós. Se daqueles que nos abandonaram, chegar mais longe, assim que nos perceberem, faremos o que nos vier na vontade. É uma questão de trabalho a mais.
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Conseguir dizer do porquê concebi este texto não me é possível, entretanto foi um jeito de ver se com o tempo absorvo ânimo com estes textos, ainda adquirir algum respeito maior para mim por mim. Um pouco de minhas reflexões me fez pensar que neste primeiro semestre do ano finalizado eu fiz quase nada. Comecei aula de violino, treinei um pouco de conhecimento de música, ouvi mais MPB e bandas desconhecidas da Europa adentro e algumas outras conhecidas do Japão. Criei em mim certo gosto pelo tango com vontade de aprender a dançá-lo. Sim, pintei meu quarto, ouvi alguns desabafos, guardei segredos (continuo guardando) e li pouco até hoje.
Sei que este tipo de análise é digna de fim de ano, mas não vou esperar mais 6 meses vazios para só então perceber o que eu fiz de errado, assim começar a corrigir depois de outros 6 meses não muito produtivos. Digo a todos: feliz ano de dois mil e oito. Se ainda não foi, faça para ser, não espere para prometer na passagem para o ano de dois mil e nove.
Estabelecer horários de leitura mais rígidos é um ponto que verei até onde é-me possível seguir. Espero que 2 horas por dia eu consiga estabelecer, chega de ler pouco, ler mal. Quero ler com mais atenção e profundidade.
De a música, desejo ouvir mais Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, Astor Piazzolla, Chopin (interpretações de suas peças), Titãs (banda preferida) e outros artistas que serei apresentado no decorrer deste tempo novo, deste tempo que nem sei como haverá de ser. Praticar os instrumentos musicais no meu quarto com mais assiduidade, 1 hora nem sempre é o suficiente para se dedicar a algum instrumento por dia.
De outra parte do meu tempo por dia estudar línguas. Na hora da matrícula vi duas matérias em horários que eu posso acessar com facilidade. Língua instrumental italiana e francesa, em horários pela tarde, em horários que eu estou acordado, até bem acordado, sem que conflite com outros estudos. Isto pela Universidade Federal do Paraná, tendo em vista que as matérias de física mais uma vez não as levarei muito a sério. Consegui passar pela segunda fase do PROVAR e mudar-me-ei para ciências econômicas. Não consegui alemão instrumental II, pois não tinha como opção, fazer o quê? Esperar mais um pouco, começar planos para 2009 desde já. Planejar! Achar motivos, ver se fogem ou me abraçam. Os que fugirem um pouco, tentar até que fujam por completo. Meu crescimento será tamanho que por mais que fujam, não serão fugas totais.
Das danças, ainda preciso ver sobre o tango, se possível começar por agosto. Gostaria muito de conhecer danças de ritmos típicos como minueto, alemanda, sarabandèe e courant. Claro que tem outros ritmos, só lembrei estes por horas. Tem gigue também. Sei lá das pronúncias. Todos os tipos de arte que não me aprazia na infância vieram agora em encantos fortes. Eu me dar à dança e música. Há dois anos jamais apostaria nisto. Preciso amolecer um pouco meus corpo e meus movimentos, criar porte. Cansei um pouco deste desleixo. Neste ano não tinha desabafado tanto, talvez eu esteja percebendo o que este blog pode fazer por mim, ou o que eu posso fazer nele por mim.
Vou começar a planejar o resto do ano e da minha vida a partir de agora, quero um dia sair de casa, constituir família e muitos outros sonhos de tantas pessoas. Começarei neste mês de julho a planejar o resto do ano começando por agosto. Esta é minha resposta de começo a mim que estava abandonando a minha vida. Se alguém ler este blog com freqüência, ao perceber que eu fugi desta mensagem, dê-me um puxão de orelha. Preciso crescer, correr atrás dos motivos que eu fiz me abandonarem, que mesmo assim ainda me querem interessado por eles.
Super Isto!

2 comentários:

isabela. disse...

legal isso dos planos.
realmente é legal.
andei pensando coisas parecidas...mas resolvi fazer umas mudanças.
não tão radicais, porque acho que não suportaria.
enfim.
mudanças.

acho que é preciso estar em constante mudança.
(daí o nome de um blog.)

beijo e boas férias, se tiver.

Vaninha® disse...

Primeiro: Muito obrigada pelo link.
Segundo: Obrigada pela visita.
terceiro: leio o texto depois com mais calma, pois estou no trabalho.
Um ótimo fim de semana.