Volto para desatar cousa bem marcada, o fim. Se pode-se voltar atrás não é fim, por mais que digamos por alguma força nos amarrar, porém podendo sempre ser reversível, se puder, será. Morte parece um fim da vida, para outros renascer em outras vidas, mas nada disto importa muito, do fim em pouco pode-se dizer o que é, se outros aceitarem e acabar (fim) por aí. Verdade posso dizer é que não estou na minha melhor forma, considerando que esta tenha existido, então chova agora ao que proponho:
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DAS AMARRAS
Eis-me aqui outra vez, subindo antigas escadas, não antigas por conhecer de longa data, mas por crer estarem ali a mais longas datas de tantas datas que poderia datar. Subindo-as só, de falhas e acertos de sua construção e destruição, acertos de dar forma, falhas de destruir, acertos da destruição por dar falha ao acerto anterior da construção. Será que para ser destruido há de ser construido antes? Amarras dos problemas de origem e futuro. Construção da linguagem até de antes de ter o homem? Seria uma brincadeira de palavras. Para não parar pergunto: que é bem ao certo construir? Seria dar forma, moldar forma, dar substância, mudar a substância, significar o real ou virtual? Cada um não seria uma própria construção? Sendo assim, ainda não achei por onde devo principiar minha brincadeira. Devo partir do seu uso comum e daí questionar, ou questionar sem ver seu uso? Construiria, criaria um novo significado? Significaria de outro jeito, assim significar é construir um significado, criar.
Criar, eis um ponto que pode ser próximo. Pode-se construir realidade e virtualidade, pode-se criar, pode-se significar, pode-se moldar, pode-se destruir. Pode-se. Destruir é tornar irreconhecível? Tirar de sua significância anterior? Talvez destruir, partir deste fim, ou de novo começo, aqui vejo um outro ponto de prinpiar minha brincadeira. Mas para que se prender a como começar, talvez como finalizar, como fazer o miolo, ver os passos; buscar novos meios de brincar. Já se bagunçam os tempos, temos mais do que imaginariamos. Da pergunta da palavra, não seria ficar por definir, e pela definição e não apreciar seu uso, significado? Existe um e certo, apenas um significado? Dependeria do indivíduo? Deveria ser assim, ou de outro jeito? Não se fecham os aprendizados firmes em todos no mesmo ponto igual a todos, e se há diferenças mínimas, já não é-se a mesma coisa, se não está no meu mesmo lugar, já é diferente, assim todo o resto muda, e o tempo como situador dos lugares em seus próprios lugares que não os próprios lugares faz mudar os próprios lugares impróprios.
Tenho de ser duas pessoas, mas sendo duas neste corpo, ignoro a outra pessoa que não está neste corpo, e de novo muda-se a situação. Se o outro lê o pensamento nosso todo, e nós nunca o dele, ou o inverso, ou uma recíproca qualquer (ambos lêem ou não lêem), teríamos a diferença de situação em qualquer das 3 formas (nenhum, um ou ambos lêem). Estamos presos em nós, por sermos nós e não podermos ser o outro, mesmo em todo compartilhamento de situação, pois assim seríamos aquela situação, em seu lugar próprio ou impróprio, ambos e nenhum. Estamos todos bem fixos em nós, amarrados nas tênues linhas de nós mesmos, infitas cordas, barbantes de existência, e as vibrações as mais tênues mudam-nos. Até poderia emendar do que acho ser a arte neste comenos, mas não cabe a vontade. Não consigo dizer bem o que seria construir para todos, já que cada um é em sí, e só por uma fé comum incomum própria e imprópria poderíamos compatilhar a mesma coisa sendo a mesma coisa exatamente nos tempos próprios que sendo próprios e nos impróprios sendo impróprios. Destruir seria mudar uma siginificação, mas não pra todos, pela mesma experiência da construção, quem diga que algo pode ser definido é porque não pensou no outro. Mas como pensar no outro se não somos este outro, nega-se tudo aqui exposto. Eu sou eu, você é você, o outro é o outro.
Se eu me vejo, penso em mim de algum jeito não seria anular minha existência quanto existência? Se demoro para me ver, perceber que sou eu, como algumas novas ciências poderiam dizer sobre reflexos, então não sou eu senão meu passado. Projeto um futuro que não sei, então sou também futuro. Projeto um futuro que não sei com base em um passado que não sei que me deixa em um presente que acho que sei do redor percebido, seja lá o que for que seja ser percebido. Sou o ditador de várias partículas de corpo que me nutrem para continuar ordenando-as. Sou um monte de partes de corpo cooperando todas pela mútua sobrevivência cada uma fazendo sua parte especializada. Sou infinitos espelhos refletindo todos os outros espelhos, anulando suas imagens e formando, condensando esta linha que sou eu. Poderia brincar e dizer que sou uma linha de 3 dimensões, e que apenas excitada por fora posso ser algo. Dependo da existência do exterior para ser eu, esta linha. Sendo só a linha, que é que vibraria minha existência? Teria de ser uma condição de energia absolutamente zero, nada tendendo, apenas sendo. Mas eu mesmo como linha existindo já seria linha, o que anularia a outra parte. Sou criado e confirmado por fora, não por mim. O fora só existe pra mim se os percebo, só percebemos o que faz existir nossa existência. Criar, construir é fazer de duas ou mais outras linhas uma linha só, de amarras. Destruir é assim fazer uma linha duas ou mais outras linhas. A arte, o meio, a técnica (pra mim aqui as mesmas coisas) apenas fazem vibrar diferente, ao término orientando à construção ou destruição. Do princípio é existir existência das coisas pelas coisas, das linhas pelas linhas.
Dói pensar se for nisto tudo. Vou me despedindo por aqui por causa da dor de cabeça e sono. Super isto.